Meio ambiente
O que está em jogo na COP16 da Biodiversidade, que começa hoje na Colômbia
Ana Carolina AmaralColaboração para Ecoa, de Cali, na Colômbia
21/10/2024 05h30
Diplomatas têm a tarefa de viabilizar a implementação do acordo que reúne 23 metas para a biodiversidade
A COP16, Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade, inicia hoje negociações de um acordo para fazer deslanchar em tempo recorde o compromisso assumido há dois anos: preservar 30% das áreas biodiversas do planeta até 2030. O acordo, firmado há dois anos, enfrenta desafios para avançar no ritmo necessário.
A meta, conhecida como 30x30, tornou-se uma marca popular para o Marco Global da Biodiversidade, assinado no final de 2022 na COP15, em Montreal, no Canadá.
Outro objetivo do acordo é zerar a perda de áreas relevantes para a biodiversidade até o fim da década. Segundo estudo da WWF, as populações de vida selvagem caíram em 73% nos últimos 50 anos. Na América Latina, a queda foi mais drástica foi de 95%, no mesmo período.
Agora, na COP16, os diplomatas têm a tarefa de viabilizar a implementação do acordo - que reúne 23 metas para a biodiversidade, ligadas à sua conservação, o uso sustentável e a repartição dos seus benefícios.
Para tirar o acordo do papel, o nó central da negociação em Cali é, mais uma vez, o dinheiro. A desconfiança entre países doadores, do bloco desenvolvido, e os países em desenvolvimento vem se arrastando nos últimos 15 anos e travando negociações do clima e da biodiversidade, à medida que a promessa de financiamento de US$ 100 bilhões anuais para o clima, anunciada em 2009 pelas nações ricas, não foi cumprida. Este também deve ser o tema central da COP29 do Clima.

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