05 de Junho de 2025, SGA-RN
A cada ciclo eleitoral decisivo, surgem os “documentários” certos no momento certo — com os produtores certos. Desta vez, uma velha conhecida da militância audiovisual ressurge com apoio de Brad Pitt para tratar da “ascensão evangélica” na política brasileira. Não por acaso, justo quando esse segmento amplia sua presença e desafia a hegemonia cultural da esquerda.
O objetivo não é compreender esse eleitorado — é contê-lo. Reenquadrá-lo dentro de uma narrativa que o associe ao atraso, à manipulação ou ao autoritarismo. Uma operação simbólica que tenta neutralizar, no plano da imagem e da opinião pública, aquilo que não se conseguiu barrar pelo voto.
Hollywood entra como reforço externo — o mesmo circuito de sempre, que aciona suas engrenagens quando o Brasil sai da cartilha. Disfarçada de obra artística, a produção repete a fórmula: travestir de crítica social o incômodo com quem pensa fora da bolha.
blogdoriquelmofreitas

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