quinta-feira, 24 de julho de 2025

Aeroporto de Natal tem estrutura para gigantes do céu, mas falta trator impede operação plena


             
                 24 de julho de 2025, SGA-RN 


Projetado para ser uma das principais portas de entrada aérea do Nordeste, o Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, na Grande Natal, possui uma infraestrutura digna de grandes terminais internacionais. Inaugurado em 2014 e com capacidade para receber aeronaves de grande porte, como o Airbus A380 – o maior avião comercial do mundo – o aeroporto potiguar, no entanto, sofre com a subutilização de sua estrutura.

Apesar de ter pista e pátio com dimensões suficientes, além de equipamentos modernos de navegação aérea, o terminal enfrenta problemas básicos de operação. Um dos mais críticos atualmente é a ausência de um trator pushback — veículo utilizado para rebocar ou movimentar aeronaves pesadas no pátio. Isso impede, por exemplo, o recebimento adequado de voos alternados, ou seja, pousos não programados que ocorrem em situações emergenciais ou devido a condições climáticas desfavoráveis em outros aeroportos.

Em 2024, um episódio emblemático escancarou essa limitação. Um Boeing 787-9 da companhia Air Europa, vindo da Europa com destino a Fortaleza, precisou alternar para Natal. Embora o aeroporto pudesse receber a aeronave com segurança, a falta de um trator adequado obrigou a operação a ser improvisada e gerou transtornos para passageiros e tripulação.

“É um paradoxo. Temos uma infraestrutura compatível com os maiores aviões comerciais do mundo, mas não conseguimos prestar o serviço completo por falta de um equipamento básico”, lamenta um funcionário do setor de operações, que preferiu não se identificar.

Diante dessa limitação, companhias aéreas têm optado por alternar suas rotas para o Aeroporto dos Guararapes, em Recife (PE), onde há equipamentos adequados para todas as necessidades operacionais.

Com localização estratégica e vocação para ser um hub internacional, o aeroporto de Natal foi o primeiro do Brasil a ser concedido à iniciativa privada. Mesmo assim, quase uma década após sua inauguração, ainda não atingiu o potencial esperado. Em 2023, a concessão foi devolvida pela operadora anterior, e atualmente o terminal está sob nova gestão, que promete melhorias.

A Zurich Airports, informa que é de competência da empresa DNATA a responsabilidade pelas operações de handling.   Enquanto isso, os gigantes do céu continuam passando por cima de Natal — sem pousar.


Blogdoriquelmofreitas 



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