O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, voltou a surpreender negativamente o governo brasileiro ao impor, sem qualquer aviso prévio, tarifas sobre cargas brasileiras que antes eram isentas, conforme acordo bilateral em vigor desde 2014. A nova medida de Maduro que iniciaram 24/07, pode elevar em até 77% os custos de exportações do Brasil ao país vizinho, acirrando ainda mais a já delicada relação diplomática entre os dois países.
A decisão unilateral do governo venezuelano pegou de surpresa empresas exportadoras e autoridades brasileiras, que agora tentam reverter os efeitos da medida. A Federação das Indústrias do Estado de Roraima (FIER) divulgou nota afirmando que os certificados de origem emitidos pelas empresas brasileiras estão em conformidade com as normas da ALADI (Associação Latino-Americana de Integração) e com o acordo bilateral firmado há mais de uma década.
“Essa atitude rompe com a previsibilidade necessária para o comércio internacional e agride frontalmente os compromissos assumidos pela Venezuela no âmbito da ALADI”, disse a FIER em comunicado.
Fontes ligadas ao Itamaraty informaram que apurações internas já foram iniciadas e que o governo brasileiro entrou em contato com autoridades venezuelanas pedindo esclarecimentos urgentes. Nos bastidores, diplomatas consideram a medida “hostil e economicamente desleal”.
O acordo comercial, assinado em 2014, prevê a isenção de tarifas para diversos produtos brasileiros que entram no mercado venezuelano, especialmente alimentos, medicamentos, materiais de construção e peças industriais. A imposição repentina de taxas de até 77% afeta diretamente a competitividade desses itens e coloca em risco dezenas de milhares de empregos em regiões de fronteira, como Roraima e Amazonas.
Além dos impactos econômicos, analistas apontam que o episódio pode marcar uma nova deterioração na já instável relação entre Brasília e Caracas. O governo brasileiro, que havia buscado aproximação diplomática com Maduro nos últimos anos, agora se vê pressionado por setores industriais e políticos a adotar uma postura mais firme diante do desrespeito ao tratado.
A expectativa é que o caso seja levado ao Conselho de Ministros da ALADI nas próximas semanas. Até lá, exportadores brasileiros já calculam prejuízos e temem novos entraves comerciais.
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Blogdoriquelmofreitas

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